Heinrich nasceu em Rendsburg, em 1821, no norte da Alemanha, na época região pertencente à Dinamarca. Filho do pastor Thomas Röhe e de Ina Harrie, teve boas condições e acesso à formação desde cedo. Röhe estudou, mas cedo se dedicou à área militar. Em 1851, veio para o Brasil como Brummer, na leva de 1.800 soldados mercenários alemães contratados por Dom Pedro para lutar em um conflito que o país tinha contra a Argentina. Segundo a história oral, contada por alguns descendentes, Heinrich teria tido um relacionamento com uma nobre e foi perseguido pelo cônjuge da moça, situação que o teria forçado a abandonar sua região.
Roehe chegou ao país e passou a residir
Roehe rompeu tradições da sua época, pois ao se instalar
Maria veio a falecer dez dias depois do nascimento de Henrique. O pai tinha muitos compromissos e pediu para que sua vizinha Barbara, uma jovem de 17 anos cuidasse de Henrique. Cinco meses se passaram e Heinrich Harry casou com Maria Marbara Doehren. A moça, que cuidou de Henrique, virou sua madrasta. Junto com Barbara, o imigrante Roehe teve mais nove filhos, sete dos quais, chegaram à fase adulta. Como Barbara não fazia distinção entre seus sete filhos e seu enteado, ela e seu marido combinaram de jamais contar a Henrique que ela não era sua mãe. Pouco depois de Henrique completar seus 21 anos, ele soube, por meio de outras pessoas, que sua mãe havia falecido jovem e que Barbara era sua madrasta.
Como uma forma de recompensar o filho pelos sofrimentos e de também proporcionar a ele melhores oportunidades, Heinrich Harry pagou a Henrique o curso de Direito. Cursar Direito na segunda metade do século passado exigia muitos recursos e grandes desafios. No Rio Grande do Sul, não havia Universidades na época. Henrique foi a São Paulo e ficou hospedado com seus parentes paulistas. Depois de alguns anos, ele voltaria para o sul e se instalaria
Roehe foi o primeiro juiz de paz da localidade de Dois Irmãos, sendo sucedido por Carlos Hennemann.
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