terça-feira, 26 de outubro de 2010

Acervo fotográfico sobre Imigração Alemã no Brasil - Felipe Kuhn Braun


Acervo fotográfico sobre Imigração Alemã no Brasil
Organizado pelo jornalista e escritor Felipe Kuhn Braun


Em setembro de 2001 Felipe Kuhn Braun iniciou suas pesquisas sobre genealogia e imigração alemã. No decorrer do primeiro ano Felipe visitou familiares próximos em busca de informações, nomes, datas, histórias e fotografias antigas. Desde o início um dos objetivos de Braun foi resgatar o passado distante de sua família a partir das histórias e imagens de seus ancestrais.
Em oito anos Felipe formou um arquivo de pouco mais de 1.500 fotografias antigas. Preocupado com a perda constante do material fotográfico, Braun fez um mapeamento do interior e passou a visitar semanalmente famílias em busca de imagens de imigrantes, seus descendentes e as localidades fundadas por eles.

Os municípios visitados para pesquisas foram Nova Petrópolis, Feliz, Santa Maria do Herval, Morro Reuter, Picada Café, Dois Irmãos, Bom Princípio, São Sebastião do Caí, São José do Hortêncio, Salvador do Sul, Linha Nova, São Pedro da Serra, Tupandi, Novo Hamburgo, São Leopoldo, entre outros.

Todas essas imagens foram emprestadas pelas famílias e no decorrer de um ano Felipe multiplicou seu arquivo para 13.800 fotografias antigas. As fotos foram digitalizadas, impressas, separadas em álbuns por temas, famílias e localidades. Essas imagens retratam os costumes e hábitos culturais dos imigrantes alemães e seus descendentes da década de 1860 (começo da fotografia no Rio Grande do Sul) até a década de 1960, final da fotografia em preto e branco.

Felipe também encontrou arquivos parciais de fotógrafos teuto-gaúchos do início do século XX, entre eles Otto Schönwald e Hugo Bernd de Porto Alegre, Hugo Theodoro Neumann de Nova Petrópolis, Augusto Nienow de Linha Nova e Rücker do município de Feliz. O arquivo desses fotógrafos foi organizado, digitalizado e reimpresso, na totalidade são quase 2.000 imagens antigas.

Na coleção de Braun, cerca de 900 fotografias antigas são do século XIX, ou seja, fotos tiradas antes do ano de 1900, nas quatro décadas da fotografia no sul do Brasil, 1860, 1870, 1880 e 1890, pelos fotógrafos (entre outros): Balduin Röhrig, A. Stoeckel, Pedro Rössler, Luiz Willisich, Walter Mende, E. M. von Borowski, Luiz Deschamps, Eduard Cramer, Otto Schönwald, Christiano H. Prass, Carl Wildner, W. Stocker.

Mais de 100 imigrantes estão retratados nas imagens resgatadas por Braun nesses 9 anos. Entre eles estão (entre outros) os patriarcas das famílias: Ruschel, Vier, Hexsel, Schmidt, Schmitt, Müssnich, Kasper, Roehe, Büttenbender, Hunsche, Stoffel, Wolf, Christ, Heineck, Lorenz, Bender, Dietschi, Ebling, Petry, Siegel, Metzler, Dewis, Perius, Lessinger, Kiefer, Lanzer e Thön.
Entre as preciosidades da coleção de Braun estão algumas imagens feitas no início da fotografia no sul do país. As coleções de fotógrafos amadores do início do século XX, tais como Carlos Momberger e Walter Haas de Novo Hamburgo. Momberger retratou Novo Hamburgo, Taquara, Gramado, Santa Maria do Herval e as praias de Torres e Tramandaí nas décadas de 1930 e 1940. Walter Haas retratou Novo Hamburgo, Dois Irmãos, Taquara, a região metropolitana e o litoral (principalmente Tramandaí e arredores).

As curiosidades dentre os temas mais variados sobre a colonização germânica, são as fotos das noivas de preto, dos carnavais do final do século XIX e começo do século XX, das sociedades de canto e tiro ao alvo. Algumas relíquias são as imagens do interior das escolas, igrejas, das fábricas, tipografias, as fotos dos escravos, das propriedades rurais e do começo de municípios como Dois Irmãos, Linha Nova, Nova Petrópolis, Feliz, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Porto Alegre.

Preocupado com a preservação desse arquivo, que já é a maior coleção de fotografias antigas que retratam a imigração alemã no sul do país, Braun publicou em seu primeiro livro, História da Imigração Alemã no Sul do Brasil, 160 fotos dessa coleção. (A publicação foi impressa em janeiro de 2010 pela Editora Amstad de Nova Petrópolis e reimpressa em agosto de 2010 pela Gráfica Costoli de Porto Alegre). Em julho de 2010 quando Braun publicou seu segundo livro, Memórias do Povo Alemão no Rio Grande do Sul, preservou 144 imagens nessa publicação, com tiragem de 500 exemplares, impressos pela Editora Amstad.

Felipe esteve até agora com quase 300 famílias nesses 9 anos de pesquisas, tem pela frente uma lista de contatos e cidades a visitar, pois continua, semanalmente se dedicando a pesquisa e a seus dois novos projetos que pretende em breve publicar, um sobre biografias de imigrantes pioneiros e outro sobre cartas e relatos de imigrantes alemães e seus descendentes.
Curiosidades:

Entre as imagens do século XIX também estão retratadas as famílias: Acker, Adams, Alles, Angel, Bartholomay, Becker, Berlitz, Bernd, Besing, Bier, Biernfeld, Bohnenberger, Biernfeld, Boll, Braun, Damm, Dannenhauer, Dapper, Deuner, Diefenbach, Diefenthäler, Drehmer, Dietrich, Döhren, Dreyer, Ellwanger, Eltz, Engel, Feltes, von Fries, Gerhardt, Graeff, Gruel, Haag, Hännel, Harz, Haury, Hauschild, Heck, Heller, Hennemann, Hess, Heuser, Hofmann, Hoffmeister, von Hohendorff, Jaeger, Jung, Kandler, Kerber, Kieling, Korndörfer, Krämer, Kroeff, Krug, Kuhn, Kunz Lamb, Link, Loeblein, Lorenz, Lorscheider, Lösch, Ludwig, Mayer, Mattje, Müller, Müssnich, Peters, Petry, Port, Poschetzky, Rambow, Rauber, Renck, Renner, Richter, Sänger, Sellin, Schmidt, Schneider, von Schwerin, Sperb, Spohr, Springer, Steigleder, Ströher, Trein, Treis, Wäschenfelder, Werlang, Wittmann, Wickert e Wiltgen.

Felipe Kuhn Braun - Histórico


Felipe Kuhn Braun - Histórico

Felipe Kuhn Braun nasceu em Novo Hamburgo a 10.07.1987. Com sete anos mudou-se com sua família para Farroupilha onde concluiu o ensino fundamental e médio no colégio Nossa Senhora de Lourdes. Com 14 anos em 2001, começou a pesquisar sobre a genealogia de seus antepassados, pesquisa diversas famílias, mas fez trabalhos maiores sobre as famílias, Heck, Kuhn, Jaeger, Roehe, Winter, Mombach, Christ, Moraes e Braun. Em 2005 começou a estudar Direito na Feevale em Novo Hamburgo onde também estudou alemão, francês, inglês e italiano. Em 2007 quando voltou a morar em Novo Hamburgo, completou seu estágio de Direito trabalhando no INSS do município e entrando naquele ano para o curso de Jornalismo da Feevale.

No ano de 2007 foi para a Alemanha em busca da história de sua família tendo visitado o Hunsrück, Kirchberg, Cochem, Mittelstrimmig, Liesenich, Bacharach, Mastershausen, Dickenschied, Womrath, Bacharach, Hasborn e Theley em Saarland. Ainda em 2007 Felipe foi eleito representantes dos 15.000 acadêmicos da Feevale em uma votação pela internet. Em 2008 trabalhou na AGECOM, agência de comunicação da Feevale onde completou seu estágio de Jornalismo. foi reeleito representante dos alunos na Feevale para o mandato de 2009 e reeleito para o mandato de 2010.

A partir de 2007 limitou suas pesquisas a fotografias antigas que retratam os costumes e hábitos culturais dos imigrantes alemães e de seus descendentes no século XIX e no começo do século XX. Em oito anos formou um arquivo de 13.800 fotografias antigas. O maior arquivo particular de fotografias antigas de imigrantes alemães e seus descendentes no sul do Brasil. Os municípios visitados para pesquisas foram Nova Petrópolis, Feliz, Santa Maria do Herval, Morro Reuter, Picada Café, Dois Irmãos, Bom Princípio, São Sebastião do Caí, São José do Hortêncio, Salvador do Sul, Linha Nova, São Pedro da Serra, Tupandi, Cerro Largo, Novo Hamburgo e São Leopoldo.
Desde 2006 participa como colaborador da coluna 1900 e Antigamente do Jornal NH de Novo Hamburgo, enviando fotos com suas histórias. Somente o Jornal NH publicou mais de 900 em cinco anos. Felipe também já teve material publicado na Zero Hora, no jornal Rhein-Pfalz da Alemanha e na revista Skt. Paulusblatt de Nova Petrópolis, publicada em língua alemã. Atualmente possui um arquivo de 300.000 nomes de descendentes dos imigrantes alemães que vieram para o sul do Brasil.

Em janeiro de 2010 publicou seu primeiro livro, entitulado "História da Imigração Alemã no Sul do Brasil". Impresso pela Editora Amstad de Nova Petrópolis, RS. Nessa publicação Felipe abordou a migração alemã pelo mundo, um panorama da Alemanha na época dos imigrantes, a saída da Europa para a América; O começo no sul do Brasil e o desenvolvimento das colônias alemãs através do ensino, da igreja, dos comércios, dos caixeiros viajantes, dos transportes e das indústrias.

Em Julho de 2010, no mês em que se formou em Jornalismo pela Universidade Feevale, Felipe publicou seu segundo livro: “Memórias do Povo Alemão no Rio Grande do Sul”. Nessa publicação Braun escreve novas histórias, até hoje pouco conhecidas, tais como, a canção para Bonaparte, as noivas de preto e a história de intelectuais que vieram para o Brasil. Também são retratadas as histórias do ensino, as sociedades de canto e tiro ao alvo, o histórico das idas a praia no começo do século XX, o hábito teuto-gaúcho de fotografar os mortos e a simbologia oculta nos cemitérios.

Em agosto de 2010, Felipe teve seu primeiro livro, reeditado com tiragem de 500 exemplares.

Jovem casal - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Igreja em Lajeado - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Meninas do Santa Catarina - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Quatro gerações - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Quatro gerações - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Os Feiden - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Santa Maria do Herval - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Caixeiro viajante - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Convite - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Passeio de trem - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Momento - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Estudo no seminário - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Foto pintada - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Noite de gala - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Seriedade fotográfica - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Os Spohr - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Clero em Pinhal Alto - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Jardim dos Schall e os estudantes do Santo Inácio


Irmãs Jaeger em 1920 - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Retratos de família - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Conhecido orador - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Zeppelin no Vale - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


No seminário - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Casa Ruschel - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Família Dapper - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Casa dos Korndörfer - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Música no Santo Inácio - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Amigos reunidos - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Padre Wittmann - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Colégio Pasqualini - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun


Familia Krämer - Arquivo pessoal Felipe Kuhn Braun