segunda-feira, 28 de março de 2011

História da Imigração Alemã no Sul do Brasil – Um relato pessoal

Por Felipe Kuhn Braun

Há dez anos, ganhei uma caixa de fotos antigas. Ela pertencia a minha avó paterna. Quando era pequeno, via a mãe de meu pai, que morava conosco, carregá-la sempre que visitava nossos parentes no interior e na minha terra natal, Novo Hamburgo. Aquela caixa guardava fragmentos da vida de minha avó, imagens de seus pais, tios, irmãos e irmãs, aquelas imagens exemplificavam boa parte das histórias que ela contava.

Com o seu falecimento não sabíamos mais quem eram todos aqueles retratados em fotos antigas da primeira metade do século XX. Aparentemente aquelas imagens ficariam ali alguns anos e teriam um fim como praticamente todas as fotos antigas têm ao passar das gerações. Mas a história foi diferente. Começaram aí, minhas visitas para descobrir quem eram aqueles retratados naquelas imagens.

Visitei os parentes mais próximos, tios avós, primos, e passo a passo identifiquei o que consegui. Porém, em cada casa que ia, cada parente contava uma história sobre um material perdido para sempre, uma caixa queimada, outra perdida em uma enchente ou um incêndio, outra colocada no lixo sem remorso qualquer. Daí iniciei uma busca incessante atrás de fotos antigas.

Lembrava de meus tios avós me contanto que quando pequenos viram fotos de seus bisavós, trisavós e que aquelas imagens se perderam, pensei que alguém poderia ter pesquisado antes de mim e ter resgatado isso. Todos contavam a mesma história: “se naquela época eu me interessasse por isso”, “era muito jovem e passei a dar valor com mais idade”.

Eu percebia que no meu caso era diferente, passei a gostar disso muito jovem e que tinha nas mãos uma oportunidade única, começar um trabalho de visitas, pesquisas, identificação, digitalização, cópia e seleção de fotos antigas. Seguramente as pessoas, até mesmo aqueles familiares mais próximos me viam com olhares incrédulos. Um “guri” de 14 anos se interessando por coisas antigas... Isso devia ser apenas uma “febre”.

Os anos foram passando, fui adquirindo conhecimentos, praticando a habilidade de falar e de chegar nessas famílias e meu arquivo foi crescendo mais e mais. A partir de 2005 comecei a publicar fotos antigas no Jornal NH de Novo Hamburgo. Foi uma forma de preservar esse material, de divulgar essas histórias e de ganhar ainda mais confiança.

De 2001 até 2009 eu possuía aproximadamente 2.000 imagens. Durante o decorrer daquele ano pensei em como me dedicar ainda mais e ampliar esse acervo. Fiz um mapeamento do interior, contatei famílias, pedi a essas que me auxiliassem e me passassem novos contatos e comecei as visitas. Em pouco mais de um ano transformei um acervo de 2.000 imagens em 16.000.

Foi uma tarefa enorme... Passei horas, dias, semanas nesse desafio. Cada final de dia em visita ao interior, eu me sentia realizado. Cada casa enxaimel, cada sótão antigo, cada parede repleta de quadros, elementos ainda preservados nas colônias alemãs no sul do Brasil, me encantavam e me davam ânimo para continuar.

Em janeiro de 2010 publiquei meu primeiro livro (História da Imigração Alemã no Sul do Brasil) e em julho desse mesmo ano meu segundo (Memórias do Povo Alemão no Rio Grande do Sul), os dois pela Editora Amstad. Com essas duas publicações, atingi meu maior objetivo, preservar essas imagens que contam o nosso passado, através das publicações. Passei o ano elaborando novos projetos e procurando de que forma conseguirei transformá-los em novos livros.

Em 2010 elaborei o histórico em fotos, dos municípios de Alto Feliz, Feliz, Novo Hamburgo, Nova Petrópolis e Linha Nova. Em 2011 continuei visitando Nova Petrópolis e Linha Nova e estou prestes a publicar meu terceiro livro: Memórias de Imigrantes Alemães e seus Descendentes no Sul do Brasil.

Nesse projeto procurei trazer biografias e relatos que nos dias de hoje são desconhecidos pela maioria dos descendentes de alemães no Rio Grande do Sul. São históricos de vida de dois imigrantes que foram soldados de Napoleão, Anton Kieling e Mathias Mombach. O histórico de Johann Naab, imigrante de origens alemãs que nasceu no sul da Rússia e se radicou em Santa Maria do Herval, a biografia de dois “Brummer”, soldados contratados por Dom Pedro II para emigrarem ao Brasil, que se destacaram como professores nas localidades de Dois Irmãos e Feliz.

Também trouxe para o papel, três autobiografias escritas na primeira metade do século XX, do professor Franz Adolph Jaeger, imigrante da Saxônia; do jornalista Hugo Metzler, imigrante da Suábia; e do fazendeiro Peter Wiltgen, imigrante de Luxemburgo. Escrevi a história de Helena Göllner, que sobreviveu a um ataque dos índios onde sua família foi dizimada e do primeiro deputado de origens alemãs que representou o Vale dos Sinos, Jacob Kroeff Filho.

Na segunda parte transcrevi a “carta biográfica” de um conhecido pastor do sul do Brasil, Johann Rudolph Dietschi, o diário dos Hennemann de Dois Irmãos que viajaram para a Alemanha no ano de 1906 escrevendo suas impressões sobre o Brasil e a Alemanha da época. Também descrevi a biografia de Karl Lanzer, primeiro professor de Novo Hamburgo, do Johann Nikolaus Heck que auxiliava os jesuítas na paróquia de São José do Hortêncio, dos Lammel que vieram da Áustria e se instalaram no Vale do Taquari e o histórico de Guilherme Winter, o patriarca fundador da cidade de Bom Princípio.

São nove anos em busca do resgate e da preservação de uma parte da história dos imigrantes alemães, seus descendentes e cidades fundadas por eles no sul do Brasil. Publicar é preservar, no momento que essas fotos antigas, esses históricos, nomes, datas, documentos e assinaturas constarem nos livros, teremos a certeza de que esse material não se perderá mais. Um material que poderia desaparecer em breve e que agora estará preservado para as futuras gerações.

Cemitérios alemães no sul do Brasil

Novas postagens no blog Cemitérios alemães no sul do Brasil (http://www.cemiteriosalemaes.blogspot.com/). Postei fotografias dos cemitérios de São José do Herval, Linha Olinda (Nova Petrópolis), Hamburgo Velho e Feitoria.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Documento XV - Genealogia da família Kuhn

Ancestrais do imigrante Peter Kuhn que nasceu em Hasborn-Dautweiler e faleceu em 1902 em Ivoti.

Vorfahren der Auswanderer Peter Kuhn aus Hasborn-Dautweiler.

Documento XIV - Certidão dos Heck

Certidão de casamento de Johann Nikolaus Heck e Anna Maria Wolf, ancestrais imigrantes de boa parte da família Heck do Rio Grande do Sul, foram os primeiros Heck que emigraram para o Brasil, se estalecendo em São José do Hortêncio no ano de 1827

Documento XIII - Lembrança de falecimento do Pe. Escritor Luiz G. Jaeger

Lembrança de falecimento do Padre, jornalista, historiador e escritor Luiz Gonzaga Jaeger SJ.

Documento XII - Lembrança de falecimento do imigrante Jaeger

Zum andenken der Einwanderer Franz Adolph Jaeger aus Meissen, Sachsen, der in Bom Princípio in 1902 gestorben ist.

Documento XI - Histórico genealógico dos Roehe


Documento X - Lembrança de bodas de ouro

Lembrança das Bodas de Ouro do professor Jacob Jaeger e sua esposa Anna Reichert em 1931 na cidade de São Leopoldo.

Documento IX - Pequeno histórico do escritor Miguel Raimundo Schauren (*1892+1952)


Documento VIII - Lembrança de primeira comunhão

Lembrança de primeira comunhão de Harry Roehe, no município de Dois Irmãos.

Documento VII - Histórico do sobrenome Heck


Documento VI - Certidão de nascimento



Certidão de nascimento de Dickenschied, de um dos filhos do imigrante Johann Nikolaus Heck, que emigrou para São José do Hortêncio.

Documento V - As assinaturas do imigrante Franz Adolph Jaeger

As assinaturas do imigrante Franz Adolph Jaeger, nascido em Meissen, na Saxônia a 1826 e falecido em Bom Princípio - Rio Grande do Sul, a 1902.

Documento IV - Desenho do imigrante Daniel Heck

Der Auswanderer aus Dickenschied, Hunsrück. Daniel Heck (*1823+1890) Sohn von Johann Nikolaus Heck und Anna Maria Wolf (aus Womrath), in 1827 sie sind nach Portuguieserschneiss (in Südbrasilien) ausgewandert.

O imigrante de Dickenschied, Hunsrück. Daniel Heck (*1823+1890) filho do imigrante Johann Nikolaus Heck e de Anna Maria Wolf (de Womrath), em 1827 a família emigrou para São José do Hortêncio, no sul do Brasil.

Documento III - Histórico do imigrante Ebling

Histórico do imigrante Ebling - Publicado no primeiro livro do escritor Carlos Henrique Hunsche

Documento II - Lembrança de falecimento do professor Eugênio Moraes


Documento I - Assinaturas de três gerações da família Braun

Assinaturas de três gerações da família Braun, a primeira de Pedro Braun (*1870+1935), a segunda de seu filho Christiano Braun (*1896+1950) e a terceira de seu neto Pedro Albano Braun (*1923+1992).

Do Vale do Volga para Santa Maria do Herval - A história do imigrante Johann Naab

O imigrante Johann Naab, natural de Rothammel, Saratov, sul da Rússia, em imagem tirada em Santa Maria do Herval, Rio Grande do Sul, na década de 1940

Cada pessoa tem uma história de vida e seus conhecimentos variam conforme a família em que nasce, o local onde vive, a sociedade onde é educado, suas vivências também dependem de suas aptidões e escolhas no decorrer de sua vida. Cada família tem uma história e um começo. Para os genealogistas e historiadores, tudo começa com o passado documentado. A primeira referência de um nome, a profissão do antepassado mais remoto, a citação da localidade onde vivia, isso serve para iniciar um tronco e dizer que as raízes começam em determinado lugar no ano tal.

Geralmente os pesquisadores conseguem retroceder até os séculos XVI, XVII. Em uma Europa com uma história milenar, é muito recente o uso de sobrenomes, apenas no século XVI a igreja declarou obrigatório o registro dos nomes de famílias. Fora que em séculos o velho mundo passou por diversas guerras e inúmeros registros e documentação se perderam. Em nosso país as pesquisas familiares tiveram um desenvolvimento apenas nas últimas décadas devido à facilidade de conseguir informações e as melhores condições financeiras e culturais das famílias nos últimos anos.

Entre as centenas de imigrantes alemães que aportaram no sul do Brasil, a maioria com suas famílias, agricultores e originários do Hunsrück, região fronteiriça entre a Alemanha e a França, havia exceções. Alguns provinham de colônias alemãs no leste europeu, também vieram judeus, descendentes de nobres, maçons, médicos, políticos. Alguns vieram solitários e não tinham parentes no Brasil, um deles era Johann Naab, um jovem de 19 anos. Naab era um “Wolgadeutsche”, russo descendente de alemães que emigraram para a Rússia no século anterior em busca de melhores condições financeiras e religiosas.

Na segunda metade do século XVIII, Catarina II, a czarina da Rússia (que tinha origens germânicas), ofereceu a seus conterrâneos alemães terras no sul de seu país. O objetivo da imperatriz: ocupar terras do sul tentando conter as invasões turcas. Como encorajar os alemães? Catarina preparou um manifesto a ser divulgado na Prússia, prometendo liberdade religiosa, isenção de serviços militares, o direito de deixar a Rússia a qualquer hora, de morar em colônias isoladas, a proteção e o direito igual aos dos cidadãos russos, isenção de impostos por dez anos e ajuda do governo que se estendia a seus descendentes.

Na Alemanha do século XVIII havia várias correntes religiosas que não eram aceitas pelos católicos e luteranos, dentre os muitos alemães que iriam para a Rússia a partir de 1764, estavam anabatistas e menonitas (novas doutrinas religiosas). Entre muitos que emigraram, estava o bisavô de Johann, Karl Naab que com pouco mais de 20 anos, deixou Dahn, seu vilarejo natal no palatinado, para emigrar ao novo mundo. Na Rússia Karl casou duas vezes e teve dez filhos. A triste realidade de sua época fez com que nem todos os filhos de Karl alcançassem a fase adulta.

Um dos filhos desse valente imigrante alemão, erradicado em Rothammel, Saratov, sul da Rússia, era Jacob Naab, nascido em 1781, Jacob foi o avô de Johann Naab. Na medida em que passavam os anos os alemães do Volga, seus filhos e netos progrediam financeiramente com muito trabalho, fé e perseverança. Jacob foi casado com Christina Maurer e um de seus filhos nascido em 1812, Martin Naab, (pai de Johann) se tornou um grande proprietário de terras no sul da Rússia. Martin se casou com Anna Margaretha Schell. Com o passar dos anos o casal teve várias filhas, uma das maiores alegrias foi quando nasceu Johann em 1856, o único varão, que herdaria as propriedades e que levaria a frente o sobrenome Naab. A Rússia daqueles tempos passava por épocas nebulosas, instabilidades dentro de seu próprio território, desavença com seus vizinhos.

Em 1871, quando Johann tinha 15 anos o Czar Alexandre II anulou muitos dos privilégios dos colonos e em 1874 os filhos homens de todos os descendentes de alemães, foram convocados a servir no exército russo. Surgiu então um movimento migratório do sul da Rússia para os Estados Unidos, Canadá e América do Sul, principalmente Brasil e Argentina. Martin preocupado com as tensões dentro e fora do território russo, conversou com seu filho e disse que preferia perdê-lo para o mundo a perdê-lo para uma guerra. Johann teve que esperar sua dispensa do exército e sua permissão para emigrar. Um dos primos de Johann, Andreas, emigrou para os Estados Unidos na mesma época.

Pouco se sabe sobre a viagem de Johann Naab até o Brasil, apenas que pegou um navio na Itália e que veio com um dos primeiros grupos de italianos que tinham como destino a serra gaúcha. Quando Naab chegou ao Brasil, ganhou terras em Galópolis, interior de Caxias e para lá se destinou com um grupo de italianos. Mas havia muitas diferenças entre hábitos e costumes de um grupo de italianos e um alemão nascido na Rússia que falava o dialeto do palatinado. É fácil compreender, Naab não se adaptou, abdicou de suas terras e procurou um local colonizado por alemães para fixar residência.

Foi no Morro dos Reuter que Naab encontrou emprego em uma família como agricultor. Sua força de vontade, o gosto e a inteligência pela agricultura e pelos negócios o fizeram ir muito mais longe. Em poucos anos Naab era proprietário de terras próprias e suinocultor. Contam seus netos que Naab levava a Porto Alegre sua produção e que em uma das idas a capital ofereceram muito pouco pelos sacos de milho, eis que Naab voltou para sua casa com todo seu milho e o usou nos tratos dos porcos, Naab lucrou mais com a venda dos animais, mais gordos por terem sido tratados com milho.

Naab casou em 1879 com Rosina Thewis (filha de imigrantes alemães provenientes da região de Sankt Wendel). Com Rosina Naab teve cinco filhas e apenas um filho, assim como seu pai. Dois anos após seu casamento no Brasil, na sua terra natal, o czar Alexandre III promovia a “russificação”, a obrigatoriedade do ensino russo nas escolas criadas e dirigidas pelos alemães. No Brasil Naab recebia cartas de suas irmãs, fotografias e informações de seus parentes russos. No começo do século XIX ela era um grande proprietário de terras, tinha uma bonita família e contato com suas irmãs.

Aí veio o terrível ano de 1917, com a revolução russa todos os grandes proprietários rurais do país de Naab foram presos ou tiveram seus bens desapropriados em nome do Estado, começaram os anos terríveis com o novembro vermelho de 1917, os alemães do Volga mal sabiam o que ainda estava por vir. Daquele ano em diante toda a comunicação com cidadãos russos foi suspensa, Naab nunca mais receberia uma carta de suas irmãs ou de seus parentes. No Brasil as coisas iam bem até a época da guerra. Nos últimos anos de vida, Naab e sua esposa moravam com seu único filho, Jacob, que foi solteiro e por não ter família, cuidava de seus pais.

Na época da grande guerra os três moravam em Santa Maria do Herval, tendo vendido as terras em Morro Reuter. Naqueles primeiros anos da guerra, o idioma alemão foi proibido no sul do Brasil, as inscrições em alemão gótico na igreja de Herval, foram apagadas com tinta. Herval não sofreu tanto quanto municípios como Bom Princípio, onde o próprio prefeito da época, de origem alemã, foi um carrasco que perseguia e prendia seus conterrâneos alemães pelos simples fato do uso do idioma alemão.

Ingbert Naab, parente distante dos Naab, natural da localidade onde o bisavô de Johann nasceu em 1747, foi um dos principais teólogos contrários ao nazismo. Ingbert criticava abertamente o regime autoritário de Hitler. Ingbert morreu no exílio em 1935 na cidade de Strassbourg. Anos mais tarde seus parentes distantes na Rússia sofriam perseguições de Stalin que ordenou que todos os descendentes de alemães em solo russo fossem deportados para a Sibéria. Muitos parentes de Naab morreram nos campos de concentração na época em que ele faleceu em Santa Maria do Herval no ano de 1944, viúvo, com 88 anos, sob os cuidados de seu filho Jacob.

Johann e seu primo Andreas que emigraram em 1875, foram para dois países distintos na América. Ambos deixaram grande descendência no novo mundo, a diferença é que Johann teve apenas um filho e este foi solteiro, acabando assim o sobrenome Naab no Brasil. Mal sabiam os dois o quanto seria bom sair daquele lugar. Os sobrinhos e outros parentes da Rússia, que sobreviveram aos tempos difíceis da guerra e do comunismo, voltaram para a Alemanha anos mais tarde. Após a unificação alemã os descendentes dos alemães do Volga, ganharam cidadania alemã e voltaram para a antiga pátria dos antepassados.

Quando Johann Naab faleceu, deixou cinco filhas, um filho e 16 netos. O sobrenome não mais existiu com o falecimento de seu filho no ano de 1950. Seus descendentes se espalharam pela região, apenas duas filhas permaneceram em Herval. Uma filha faleceu em Dois Irmãos e duas em Novo Hamburgo, a última, Rosa Naab chegou a viver 97 anos e faleceu no ano de 1995. Ainda vivem onze netos de Johann Naab, o imigrante de origem alemã, nascido no Volga, que veio com os italianos, se erradicou em Morro Reuter e viveu seus últimos dias em Santa Maria do Herval, repousa no cemitério dessa localidade ao lado de sua esposa Rosina e de seus filhos Jacob e Anna Naab.