sexta-feira, 15 de abril de 2011

Henrique Felipe Ebling (*1877+1963)


Henrique Felipe Ebling nasceu na localidade de Arroio da Manteiga, interior de São Leopoldo a 16 de outubro de 1877. Era filho de João Valentim Ebling e Anna Maria Schmidt. Seu pai foi agricultor e trabalhou para o Império, na medição e marcação de terras. Henrique Felipe ganhou esse nome, em homenagem ao avô paterno, o imigrante patriarca dos Ebling no Brasil, Philipp Heinrich (Felipe Henrique) Ebling.


Nos anos iniciais Ebling trabalhou com o pai no interior e nas terras que a família possuía em Rio de Ilha, interior de Taquara. Ainda jovem Ebling participou ativamente da Sociedade de Arroio da Manteiga, da sociedade de cantores e do grupo de bolão. Pela ativa participação na comunidade, Henrique foi convidado para entrar na maçonaria local. O grupo, chamado de “Rocha Negra” pelos integrantes, não tinha sede e, portanto funcionava dentro da sociedade de Arroio da Manteiga.


Henrique Felipe casou com Mathilde Leontina von Hohendorff (descendente de nobres da longínqua Prússia Oriental, que era natural de São Leopoldo). O pai de Leontina consentiu com o casamento (os Ebling eram evangélicos e os von Hohendorff eram católicos), mas fez três ressalvas: Henrique deveria casar na igreja católica, batizar seus filhos na religião católica e deixar a maçonaria.


O pai João Valentim, faleceu cedo e na partilha dos bens, após muitas discussões entre os irmãos, Henrique Felipe deixou a localidade de Arroio da Manteiga, se desligando da família e partindo para as terras que havia herdado do pai em Rio da Ilha. Ebling já tinha duas filhas, Wilma e Herta, em Rio da Ilha nasceu a mais nova, Liska. Como no interior não havia grandes perspectivas de vida para as famílias, após 5 anos morando em Taquara, Ebling retornou à São Leopoldo.


Ao chegar a São Leopoldo, residiu inicialmente com seu sogro João von Hohendorff no bairro Rio dos Sinos. Nessa época Ebling recebeu convite dos amigos para ser ecônomo da Sociedade de Arroio da Manteiga, então ele retornou para sua localidade de origem, morando na Sociedade. Ali permaneceu por muitos anos. Na década de 1920, Henrique Felipe construiu um chalé em Tramandaí, sendo um dos primeiros proprietários de uma moradia no litoral. Com o falecimento do sogro, que deixou uma grande herança para seus descendentes, Ebling ficou com praticamente toda a propriedade do Rio dos Sinos, a parcela restante ele comprou de seus cunhados no mesmo ano.


Ebling voltou então para o casarão dos von Hohendorff na rua Dr. Hillebrand, a partir de então, sua propriedade. Von Hohendorff se dedicou a agricultura, ao plantio de frutas e verduras que vendia em São Leopoldo e Novo Hamburgo. Não se sabe se Ebling efetivamente de desligou da maçonaria ou se continuou a participar de forma secreta. Faleceu a 17 de maio de 1963, em São Leopoldo. Teve três filhas, três netos, sete bisnetos e quatro trinetos.


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