A história do agricultor, moleiro e professor de Bom Princípio, que emigrou para a mata virgem na Argentina, no início do século XX.
Nascido em 1868 em Bom Princípio, João Heck Sobrinho era o filho mais velho de Jacob Heck e Catharina Noll. Seu pai era agricultor e moleiro na localidade de Arroio das Pedras, interior de Bom Princípio, possuía moinho e fazia farinha de mandioca. Como a produção era grande, João era o braço direito do pai que também trabalhava com escravos, que moravam na propriedade da família.
Mesmo com a lei de 1850, que proibia alemães e seus descendentes de terem escravos, era comum encontrar famílias de muitas posses, comerciantes, moleiros e proprietários de extensas áreas de terras, possuindo escravos. A relação entre eles variava em cada família. Heck foi criado com os escravos do pai, dois deles eram muito próximos e conheciam perfeitamente o idioma alemão.
João que era conhecido como “Heck Hannes”, casou com Carolina Schneider em 1892. Nessa época ele ainda ajudava o pai no moinho, era agricultor e lecionava na pequena escola de Arroio das Pedras. Quando não havia professor na localidade as pessoas com mais informação eram aqueles que se dedicavam ao ensino, muitas vezes de forma gratuita.
João e Carolina tiveram 10 filhos, quando nasceu a 11°, Paula, Carolina faleceu depois do parto. Ele casou novamente com Paulina Junges, em Arroio das Pedras nasceram os primeiros sete filhos do casal. Em 1922, quando o pai já havia falecido e a mãe emigrado com três de suas irmãs para Cerro Largo, Heck também emigrou, porém, foi mais além que todos eles. Viajou até as Misiones (Missões Argentinas, na época uma região de matas virgens, destino de muitos colonos alemães) e se estabeleceu em Mbopicuá.
Em Mbopicuá nasceram mais 4 filhos, ao todo Heck teve 22 filhos. Quando Heck emigrou, alguns filhos já eram casados, mas apenas um permaneceu na região, em Montenegro, onde deixou descendentes. Para tirar a mata virgem da região, Heck fundou uma serraria com seus filhos e genros.
Em 1936 Heck teve apendicite, na época não era feita cirurgia, seus filhos o colocaram em uma maca e andaram quilômetros até o outro lado da divida, no Paraguai, onde havia um médico. Diagnosticado o problema, o médico lhes disse que seu pai teria apenas 48 horas de vida. Heck faleceu em 28 de janeiro de 1936, aos 67 anos, 3 meses e 22 dias. Heck foi o primeiro a ser enterrado no cemitério de Mbopicuá, interior da localidade de Puerto Rico, ali perto, junto com os filhos, ele havia construído uma capela de madeira anos antes, chamada de “Capilla de la Virgen de Mbopicuá”.
Seus 22 filhos lhe deram 96 netos e hoje mais de 700 pessoas no Brasil, Argentina e Paraguai. Um dos mais conhecidos descendentes de Heck, é o Pe. Alfonso Heck, que nasceu na Argentina, estudou na Itália e trabalhou na Alemanha com o papa Bento XVI quando ele era Arcebispo de Munique e Freising no final da década de 1970.
Foto mais antiga do imigrante João Heck Sobrinho, na foto tirada no início do século, está com a segunda esposa e seus 12 primeiros filhos em Arroio das Pedras, interior de Bom Princípio. Uma curiosidade, com filhos do primeiro e segundo casamento, Heck já contabilizava na época, três pares de filhos gêmeos. As moças mais velhas nas extremidades da foto. Os rapazes pequenos, uma a esquerda do pai e o outro a direita da mãe e um dois bebês gêmeos, um no colo da mãe e outro no colo do pai.
Nascido em 1868 em Bom Princípio, João Heck Sobrinho era o filho mais velho de Jacob Heck e Catharina Noll. Seu pai era agricultor e moleiro na localidade de Arroio das Pedras, interior de Bom Princípio, possuía moinho e fazia farinha de mandioca. Como a produção era grande, João era o braço direito do pai que também trabalhava com escravos, que moravam na propriedade da família.
Mesmo com a lei de 1850, que proibia alemães e seus descendentes de terem escravos, era comum encontrar famílias de muitas posses, comerciantes, moleiros e proprietários de extensas áreas de terras, possuindo escravos. A relação entre eles variava em cada família. Heck foi criado com os escravos do pai, dois deles eram muito próximos e conheciam perfeitamente o idioma alemão.
João que era conhecido como “Heck Hannes”, casou com Carolina Schneider em 1892. Nessa época ele ainda ajudava o pai no moinho, era agricultor e lecionava na pequena escola de Arroio das Pedras. Quando não havia professor na localidade as pessoas com mais informação eram aqueles que se dedicavam ao ensino, muitas vezes de forma gratuita.
João e Carolina tiveram 10 filhos, quando nasceu a 11°, Paula, Carolina faleceu depois do parto. Ele casou novamente com Paulina Junges, em Arroio das Pedras nasceram os primeiros sete filhos do casal. Em 1922, quando o pai já havia falecido e a mãe emigrado com três de suas irmãs para Cerro Largo, Heck também emigrou, porém, foi mais além que todos eles. Viajou até as Misiones (Missões Argentinas, na época uma região de matas virgens, destino de muitos colonos alemães) e se estabeleceu em Mbopicuá.
Em Mbopicuá nasceram mais 4 filhos, ao todo Heck teve 22 filhos. Quando Heck emigrou, alguns filhos já eram casados, mas apenas um permaneceu na região, em Montenegro, onde deixou descendentes. Para tirar a mata virgem da região, Heck fundou uma serraria com seus filhos e genros.
Em 1936 Heck teve apendicite, na época não era feita cirurgia, seus filhos o colocaram em uma maca e andaram quilômetros até o outro lado da divida, no Paraguai, onde havia um médico. Diagnosticado o problema, o médico lhes disse que seu pai teria apenas 48 horas de vida. Heck faleceu em 28 de janeiro de 1936, aos 67 anos, 3 meses e 22 dias. Heck foi o primeiro a ser enterrado no cemitério de Mbopicuá, interior da localidade de Puerto Rico, ali perto, junto com os filhos, ele havia construído uma capela de madeira anos antes, chamada de “Capilla de la Virgen de Mbopicuá”.
Seus 22 filhos lhe deram 96 netos e hoje mais de 700 pessoas no Brasil, Argentina e Paraguai. Um dos mais conhecidos descendentes de Heck, é o Pe. Alfonso Heck, que nasceu na Argentina, estudou na Itália e trabalhou na Alemanha com o papa Bento XVI quando ele era Arcebispo de Munique e Freising no final da década de 1970.
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