O segundo livro de autoria do jornalista Felipe Kuhn Braun, “Memórias do povo alemão no Rio Grande do Sul”, traz histórias e imagens que complementam sua primeira publicação, “História da Imigração Alemã no sul do Brasil”.
Nesse novo livro Braun publica fotografias de imigrantes, imagens essas feitas no decorrer do século XIX. Felipe escreve novas histórias, até hoje pouco conhecidas, tais como, a canção para Bonaparte, que os habitantes do Hunsrück (região ao sudoeste da Alemanha) escreveram para comemorar a derrota de Napoleão, e que, os imigrantes trouxeram da Alemanha, canção essa que ainda é cantada em alguns lares de origens germânicas.
Entre outras histórias, encontra-se a das noivas de preto, moças alemãs que casavam de vestido preto, costume que remonta a Idade Média, como explica Braun. Entre as curiosidades encontra-se a história da família von Hohendorff, cujo patriarca é descendente de São Leopoldo e Carlos Magno e, imigrou para o Brasil no começo do século XIX. Felipe publica a história de intelectuais que viveram para o Brasil, os pastores Hunsche e Dietschi, o militar e professor Jaeger e o jornalista Hugo Metzler.
Também são retratadas as histórias de “pilares” importantes para os imigrantes alemães do século XIX e seus descendentes, o ensino e as sociedades de canto e tiro ao alvo. Entre as novas informações, que ainda não tinham sido mencionadas no trabalho de Braun, está o histórico das idas a praia, na “Tramandahy” do começo do século XX, o hábito teuto-gaúcho de fotografar os mortos e a simbologia oculta nos cemitérios – a publicação conta o histórico de Fritz Siegel e August Lessinger, escultores de lápides do final do século XIX e começo do século XX, radicados no sul do Brasil.
A publicação também traz imagens das lápides fotografadas em cemitérios de Novo Hamburgo, Dois Irmãos e Bom Princípio bem como o significado de cada uma das esculturas e inscrições. No livro também está registrado um histórico da época da Segunda Guerra quando os alemães eram obrigados a andar com salvo-conduto (permissão para circulação). Braun também escreve a biografia de Johann Naab (teuto-russo que se radicou