História da Imigração Alemã no Sul do Brasil
Por Felipe Kuhn Braun
Depois de oito anos pesquisando sobre as famílias alemãs, sobre descendentes dos imigrantes alemães no sul do Brasil, publiquei meu primeiro livro. Impresso pela Editora Amstad de Nova Petrópolis, “História da Imigração Alemã no Sul do Brasil” tem 138 páginas e tiragem de 250 exemplares e já foi traduzido para o idioma alemão para uma possível edição bilingüe. No livro estão impressas 158 fotografias antigas de acontecimentos marcantes para os descendentes de alemães no sul do Brasil como, por exemplo, a passagem do dirigível Graff Zeppelin em São Leopoldo em junho de 1934.
A publicação também conta com 18 desenhos inéditos que eu trouxe da Alemanha em visitas a genealogistas do Hunsrück no ano de 2007. São ilustrações sobre o embarque dos imigrantes de Bacharach para o norte da Alemanha, da saída do porto de Hamburgo, do interior dos navios, do falecimento de parentes dentro do navio, que tinham que ser jogados ao mar. Por se tratar de um tema amplo, abordei a migração alemã pelo mundo, primeiramente para Prússia Oriental, passando pela Rússia, África e América do Norte antes de escolherem o Brasil como destino.
Também fiz um panorama da Alemanha na época dos imigrantes, os motivos para emigrar, descrevendo o porquê da vinda para o Brasil. Listei os nomes e detalhes sobre os navios que trouxeram as primeiras levas de emigrantes. Relatei as dificuldades com os índios, citando os escritos da viúva Maria Teresa Henrich de Walachai que na década de 1930 escreveu sobre seu bisavô Mathias Mombach, um imigrante pioneiro que defendeu sua família e seus vizinhos de constantes ataques dos bugres, além de ter lutado nas guerras napolêonicas, tendo protegido o município de Dois Irmãos durante a Revolução Farroupilha.
Não poderia deixar de mencionar a história dos Brummer, soldados mercenários alemães, muitos foram grandes intelectuais que ao chegarem ao Brasil desistiram da carreira militar, como Wilhelm Bartholomay, diretor da colônia de Nova Petrópolis e Heinrich Harry Roehe que foi juiz de paz e professor em Dois Irmãos, ambos citados no livro que consta com ilustrações de Bartholomay e Roehe. Dei um pequeno enfoque ao Jornalismo em língua alemã no RS, um maior sobre os casamentos em que as moças alemãs vestiam preto, um costume que remonta a Idade Média e que poucas pessoas conhecem nos dias de hoje, assim como a real história por trás dessa tradição secular.
Não poderia deixar de colocar fotografias antigas das primeiras famílias, daquelas numerosas de São José do Hortêncio, Dois Irmãos, Bom Princípio, Nova Petrópolis e outras colônias alemãs da época. Escrever sobre o ensino, tão valorizado pelos descendentes de alemães, como mostra o professor Neumann de Nova Petrópolis em uma das mais belas fotos do livro onde escreve em um quadro negro no ano de 1922: “Quanto sabes, tanto vales”.. Também sobre a grande contribuição da mulher no trabalho e no ensino, bem como um histórico sobre a igreja, sobre o poder econômico dos comerciantes e sobre os “Musterreiter”, os caixeiros viajantes que eram na época, representantes comerciais que faziam a ligação entre as grandes empresas dos grandes centros urbanos e as casas comerciais no interior.
Descrevi também sobre o transporte, as indústrias, o Kerb, o dialeto, a fotografia e a genealogia. Os sobrenomes modificados e “abrasileirados”, bem como a época da segunda grande guerra e um final com fotografias das famílias Braun, Naab, Heck, Roehe, Kuhn, Kandler, Jaeger, Reichert. Scherer, Ebling, Schmidt, von Hohendorff, Berlitz, Boll, Hennemann e Wolf, entre outras. O livro está a venda por 25 reais e pedidos podem ser feitos pelo e-mail: felipe.braun@terra.com.br
Por Felipe Kuhn Braun
Depois de oito anos pesquisando sobre as famílias alemãs, sobre descendentes dos imigrantes alemães no sul do Brasil, publiquei meu primeiro livro. Impresso pela Editora Amstad de Nova Petrópolis, “História da Imigração Alemã no Sul do Brasil” tem 138 páginas e tiragem de 250 exemplares e já foi traduzido para o idioma alemão para uma possível edição bilingüe. No livro estão impressas 158 fotografias antigas de acontecimentos marcantes para os descendentes de alemães no sul do Brasil como, por exemplo, a passagem do dirigível Graff Zeppelin em São Leopoldo em junho de 1934.
A publicação também conta com 18 desenhos inéditos que eu trouxe da Alemanha em visitas a genealogistas do Hunsrück no ano de 2007. São ilustrações sobre o embarque dos imigrantes de Bacharach para o norte da Alemanha, da saída do porto de Hamburgo, do interior dos navios, do falecimento de parentes dentro do navio, que tinham que ser jogados ao mar. Por se tratar de um tema amplo, abordei a migração alemã pelo mundo, primeiramente para Prússia Oriental, passando pela Rússia, África e América do Norte antes de escolherem o Brasil como destino.
Também fiz um panorama da Alemanha na época dos imigrantes, os motivos para emigrar, descrevendo o porquê da vinda para o Brasil. Listei os nomes e detalhes sobre os navios que trouxeram as primeiras levas de emigrantes. Relatei as dificuldades com os índios, citando os escritos da viúva Maria Teresa Henrich de Walachai que na década de 1930 escreveu sobre seu bisavô Mathias Mombach, um imigrante pioneiro que defendeu sua família e seus vizinhos de constantes ataques dos bugres, além de ter lutado nas guerras napolêonicas, tendo protegido o município de Dois Irmãos durante a Revolução Farroupilha.
Não poderia deixar de mencionar a história dos Brummer, soldados mercenários alemães, muitos foram grandes intelectuais que ao chegarem ao Brasil desistiram da carreira militar, como Wilhelm Bartholomay, diretor da colônia de Nova Petrópolis e Heinrich Harry Roehe que foi juiz de paz e professor em Dois Irmãos, ambos citados no livro que consta com ilustrações de Bartholomay e Roehe. Dei um pequeno enfoque ao Jornalismo em língua alemã no RS, um maior sobre os casamentos em que as moças alemãs vestiam preto, um costume que remonta a Idade Média e que poucas pessoas conhecem nos dias de hoje, assim como a real história por trás dessa tradição secular.
Não poderia deixar de colocar fotografias antigas das primeiras famílias, daquelas numerosas de São José do Hortêncio, Dois Irmãos, Bom Princípio, Nova Petrópolis e outras colônias alemãs da época. Escrever sobre o ensino, tão valorizado pelos descendentes de alemães, como mostra o professor Neumann de Nova Petrópolis em uma das mais belas fotos do livro onde escreve em um quadro negro no ano de 1922: “Quanto sabes, tanto vales”.. Também sobre a grande contribuição da mulher no trabalho e no ensino, bem como um histórico sobre a igreja, sobre o poder econômico dos comerciantes e sobre os “Musterreiter”, os caixeiros viajantes que eram na época, representantes comerciais que faziam a ligação entre as grandes empresas dos grandes centros urbanos e as casas comerciais no interior.
Descrevi também sobre o transporte, as indústrias, o Kerb, o dialeto, a fotografia e a genealogia. Os sobrenomes modificados e “abrasileirados”, bem como a época da segunda grande guerra e um final com fotografias das famílias Braun, Naab, Heck, Roehe, Kuhn, Kandler, Jaeger, Reichert. Scherer, Ebling, Schmidt, von Hohendorff, Berlitz, Boll, Hennemann e Wolf, entre outras. O livro está a venda por 25 reais e pedidos podem ser feitos pelo e-mail: felipe.braun@terra.com.br