sábado, 26 de dezembro de 2015

Primeiras famílias de Bom Princípio

A cidade de Bom Princípio foi fundada no ano de 1848 pelo imigrante alemão Wilhelm (Guilherme) Winter. Este foi o pioneiro desta localidade que inicialmente era conhecida como Picada dos Winter. Posteriormente Winter vendeu parte das suas terras para várias famílias provenientes da cidade de São José do Hortêncio. Abaixo segue a lista dos patriarcas de parte destas primeiras famílias que se estabeleceram na Picada de Guilherme Winter. Ao lado também coloquei o nome da cidade de origem destas famílias na Alemanha.


Michael Junges (Fürweiler), Felipe Jacob Selbach, Johann Flach (Gornhausen), Felipe Ledur, Peter Hartmann (Cochen), Jacob Steffen, (Hoppstädten), Jacob Persch (Kesersheim), Michael Veit, Peter Liesenfeld, Anton Finger, Johannes Müller (Daxe-Caburgo), Michael Gehlen (Bardenbach), Peter Ludwig.

Origens da família Braun


Originários de Bickenbach, Hunsrück, sudoeste da Alemanha, os Braun pertenciam a uma família de agricultores. Infelizmente não conseguimos retroceder muito em nossa genealogia, chegando apenas ao ano de 1730, isso porque, no início do século XX, graças a um incêndio na Igreja católica de Bickenbach, vários registros eclesiásticos se perderam. Quem veio da Alemanha foi meu pentavô, Philipp Braun (nascido em 1808 e falecido em 1888), sua esposa Barbara Schmoll e seus dois filhos, Johannes e Gertrud Braun, no ano de 1846. Já da ancestralidade da esposa do imigrante, Barbara Schmoll, encontramos muito mais material, retrocedendo até o longínquo ano de 1515. Ela tinha ancestrais que trabalharam em administrações de Beltheim e região e teve inclusive alguns parentes religiosos, dois deles chegaram a ser padres.

Felipe Kuhn Braun

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Pesquisa sobre a imigração alemã no Brasil

Uma das minhas visitas numa residência no interior do Rio Grande do Sul - Foto: Tadeu Vilani

Este ano de 2014 completei  14 de pesquisas sobre os imigrantes alemães, seus descendentes e as localidades fundadas por eles. Não é uma tarefa fácil, pois muito material se perdeu com o passar do tempo, ao mesmo tempo ainda tenho encontrado muitas fotografias antigas, documentos e histórias nas regiões de colonização alemã aqui do sul do Brasil. Tenho corrido contra o tempo para descobrir este material, digitalizá-lo e deixar disponível para as pessoas nos livros que escrevo, no meu site e neste blog. O balanço que faço deste trabalho neste momento é o seguinte: ao todo visitei 550 famílias, possuo atualmente 350.000 nomes de descendentes dos imigrantes alemães (juntamente com os nomes e dados dos imigrantes e seus ascendentes), formei um acervo de 34.200 fotografias antigas e publiquei 12 livros. Tenho como objetivo ampliar consideravelmente este acervo nos próximos anos, publicar ainda vários projetos e ampliar também, o estudo sobre as famílias. Também desejo dispor mais dados e fotografias na internet. Atualmente já deixei disponível 22.000 nomes destes 350.000 e 3.000 fotografias antigas das 34.200. Não tenho como dispor muito mais material na internet neste momento, pois ainda tenho como prioridade visitar as famílias no interior, buscar mais material e ampliar o acervo.
Novo Hamburgo, 25 de dezembro de 2015, escritor Felipe Kuhn Braun.


Rica coleção - Deutsche Welle


Minha pequena Alemanha - Mein Kleines Deutschland - Foto: Valdemir Cunha - Texto: Xavier Bartaburu


Primeiros moradores da cidade de Dois Irmãos

Em setembro de 2014 publiquei meu décimo livro, intitulado: São Miguel dos Dois Irmãos: o primeiro século de história. Uma obra sobre a história da cidade de Dois Irmãos, que contou com o apoio da administração municipal, preocupada com a preservação de histórias e fotografias antigas que registram o passado desta cidade. Neste livro publiquei uma lista dos fundadores da antiga Picada Baum como era conhecida por muitos, com informações sobre estas pessoas, suas famílias, fotografias antigas e localidades de origens destes imigrantes lá na Europa. Abaixo publico esta lista com várias destas informações. Mais informações estão disponíveis no livro.


Jacob Ahrend (Enkirsch), Adão Altenhofen (Weiler), Henrique Jacó Altmayer (Dillendorf), João Henrique Altmayer, Paulo Augustin (Mörschbach), Pedro Augustin, Pedro Baum (Stipshausen), Guilherme Becker (Lötzbeuren), Jacob Becker (Seitzweiler), Guilherme Bender (Ohlweiler), Jacó Berlitz (Donnersberg), João Birck (Bedingen), Augusto Eduardo Blankenheim, (Berne, Posen (hoje Poznan, na Polônia), antiga Prússia Oriental), Jacob Brentano, (Weiler), João Martinho Bruxel (Oberdiebach), João Buchmann, João Caye, Jacob Closs, (Fohren), Jacob Conrad, (Argenthal), João Jacob Dienstmann (Medenscheid), Catharina Drumm (Thallichtenberg), João Pedro Dullius (Aschbornerhof), João Frederico Ellwanger (Beutelsbach), João Endres (Weiler), Henrique Engelmann, Mathias Feiten, Guilherme Freitag (Osthofen), Jacob Fröhner, Felipe Fuchs (Seesbach), Kilian Gallas, Mathias Gregory (Aschbornerhof), Mathias Zacarias Grün (Wolfsheim), Felipe Haack (Irmenach), Henrique Haack, (Jacobsweiler), João Harres (Ober Breidenbach) João Henrique Haubert, João Heberle (Berus), Henrique Helfenstein (Ruthweiler), Vendelino Hennemann (Gabsheim), João Frederico Hess (Darmstad), Nicolau Holzbach (Herrstein), Cristiano Horn (Womrath), Jacob Keiper (Bruchweiler), Pedro Keller (Ensch), Pedro Kerber, Carlos Clemente Kersting, (Celle), Antônio Kieling (Weinheim), João Jacob Klein, (Nahbollenbach), Felipe Knapp, Conrado Koch (Everode), João André Cristiano Teófilo Kohlrausch, Nicolau Kolling, Gabriel Korndörfer, Jorge Carlos Krieger (Reichenbach), Henrique Kronbauer (Alt-Simmern), Carlos Luís Guilherme Kruel, João Adão Kuhn (Hahn), Jacob Kuwer (Daxweiler), Jacob Lampert (Niedereisenbach), João Nicolau Lehnen, João Jorge Lemmertz (Kindenheim), Frederico Luís Lütjohann (Kiel), João Nicolau Mallmann (Halsenbach), Miguel Marmitt (Waderich), Martin Massing, Frederico Cristiano Conrado Meyer (Ueltzen), Pedro Meyerer, Pedro Michael (Hoppstädten), João Momberger (Windhausen), Jacob von Mühlen (Quirnbach), Pedro von Mühlen (Quirnbach), João Pedro Müller (Tiefenbach), Pedro Müller (Eckersweiler), Pedro Noll, Luís Petry (Frettenheim), Miguel Pfeil (Steinwenden), Carlos Roth (Buhlenberg), Adão Sander (Bedesbach), Augusto Sander (Bedesbach), João Jacob Sander (Bedesbach), Pedro Scherer (Sargenroth), Carlos Jacob Schilling, Jorge Jacob Schmidt (Kronweiler), Pedro Schmidt (Bosenbach), Mathias Schneider (Partenheim), Jacob Schuck (Rheinböllen), André Schüler (Weierbach), Felipe Henrique Schwickert (Simmern), Daniel Spier, Jacob Felipe Spohr (Gundersheim), Nicolau Staudt (Hoppstädten), Jacob Streit (Silwingen), João Weber (Neunkirchen), Felipe Cristiano Weinöhl (Partenheim), Jost Werlang (Wiebbelscheim), Henrique Cristiano Windrath (Dusemont).

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Lista dos fundadores de Linha Nova


Publico a lista dos fundadores da cidade de Linha Nova com as localidades de onde eram provenientes, da Alemanha e do Rio Grande do Sul.

Hieronimus Augustin (Mörsbach), Adam Auler (Manubach), Daniel Auler (Oberdiebach), Philipp Beck (Tiefental), Nikolaus Bier (Oberlinxweiler), Nikolaus Briccius (Veldenz), Georg Heinrich Drehmer (Niederlinxweiler), Johann Adam Fensterseifer (Laudert), Johann Peter Fassbinder, Georg Jacob Fuchs (Niederlinxweiler), Andreas Adam Fülber (Klosterkumbd), Nikolaus Helfenstein (Ruthweiler), Philipp Hofstätter (Spesbach), Jacob Kleemann, Philipp Koch (Miesenbach), Johann Nikolau Lamb (Womrath), Johannes Jacob Lampert (Dois Irmãos), Wilhelm Maurer (São José do Hortêncio), Johann Conrad Noë (Niederlinxweiler), Michael Port (Speesbach), Johann Heinrich Ritter (Kempfeld), Georg Friedrich Ritter (Kempfeld), Georg Heinrich Ritter, Johann Saft (Miesenbach), Theobald Schenkel (Miesenbach), Jacob Schenkel (Miesenbach), Jacob Schröer, Daniel Spier (Enkirch), Wilhelm Schütz (Engerisch), Heinrich Weber, Julius Weber, Nikolaus Wolff (Altweidelbach), Johann Carl Zang (Nohen).

Fundadores da cidade de Linha Nova


No ano de 2013 publiquei meu sétimo livro, intitulado: História de Linha Nova 1847 – 1945. Este trabalho foi resultado de dois anos de intensas pesquisas nesta que é uma das primeiras localidades fundadas pelos imigrantes germânicos no sul do Brasil, berço da primeira cervejaria do Estado do Rio Grande do Sul e terra de muitos dos integrantes do movimento religioso Mucker. Em dois anos de pesquisas consegui compilar duas mil fotografias antigas dos fundadores de Linha Nova e de seus descendentes. Vivenciei capítulos da história ao escutar pessoas de mais idade, ao visitar casas enxaimel, ver antigos passaportes, poder digitalizar imagens e até mesmo os negativos de vidro. Nesta obra publiquei a lista dos fundadores desta pequena localidade que hoje é o terceiro menor município (em população) do Rio Grande do Sul. São os patriarcas de numerosas famílias, segue a lista em ordem alfabética (pelos sobrenomes) de todos eles. No livro há fotografias, documentos e histórias destas famílias.
 

Hieronimus Augustin, Adam Auler, Daniel Auler, Philipp Beck, Nikolaus Bier, Nikolaus Briccius, Georg Heinrich Drehmer, Johann Adam Fensterseifer, Johann Peter Fassbinder, Georg Jacob Fuchs, Andreas Adam Fülber, Nikolaus Helfenstein, Philipp Hofstätter, Jacob Kleemann, Philipp Koch, Johann Nikolau Lamb, Johannes Jacob Lampert, Wilhelm Maurer, Johann Conrad Noë, Michael Port, Johann Heinrich Ritter, Georg Friedrich Ritter, Georg Heinrich Ritter, Johann Saft, Theobald Schenkel, Jacob Schenkel, Jacob Schröer, Daniel Spier, Wilhelm Schütz, Heinrich Weber, Julius Weber, Nikolaus Wolff, Johann Carl Zang.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Livro sobre a cidade de Dois Irmãos - Jornal NH - 19.09.2014

Jovem contador de histórias - Jornal NH - 2014

Felipe Kuhn Braun publica seu décimo livro - Jornal da Feevale

Legado dos 190 anos da imigração alemã no Brasil - Rica coleção

Revista de Felipe Kuhn Braun registra imigração alemã

Felipe Kuhn Braun - Suas obras, um tributo aos imigrantes - Jornal Diário

De volta ao passado na Picada dos Winter - Jornal do Comércio

Um Bom Princípio - Zero Hora

Pesquisas viram obras sobre imigração

Maratona atrás da própria história - Felipe Kuhn Braun



Felipe Kuhn Braun escreve seu 12° livro - Jornal Diário - Ivoti

Felipe Braun lança seu 12° livro - Jornal Canudos - Novo Hamburgo


Resenha do livro "História de Bom Princípio: a antiga Picada dos Winter"

Nesta obra, repleta de imagens, Felipe Kuhn Braun escreve sobre a fundação de Bom Princípio destacando a história do primeiro morador, Guilherme Winter, e das primeiras famílias que se estabeleceram em suas terras. Braun descreve o histórico da paróquia Nossa Senhora da Purificação, a atuação dos Padres Jesuítas e a transformação da localidade numa das comunidades católicas mais conhecidas no Rio Grande do Sul. Registra ainda a história das casas comerciais, das noivas de preto da antiga Picada dos Winter, a chegada dos Irmãos Maristas e das Irmãs da Congregação de Santa Catarina, além de destacar as migrações de bomprincipienses para as demais localidades do Vale do Caí, para a Região Norte, Missões Gaúchas e Missões Argentinas e as perseguições que os moradores de origem germânica sofreram durante a Segunda Guerra Mundial. O relato vem acompanhado de dezenas de fotografias das famílias, das antigas residências que foram lar de várias gerações de bomprincipienses, mais os registros iconográficos de importantes momentos da vida comunitária.
 

Fotografia de imagens e documentos do acervo fotográfico que formei acerca da história da imigração alemã no Brasil, realizada pelo fotógrafo Vladimir Cunha, publicada num capítulo sobre meu trabalho, no livro "Minha pequena Alemanha", publicado em 2014, pelo fotógrafo Cunha com o jornalista Xavier Bartaburu.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

João Wendelino Hennemann

1900 e Antigamente: na foto tirada na década de 1890 está o casal João Wendelino Hennemann e Maria Tecla Treis de Novo Hamburgo. Hennemann foi comerciante e líder emancipacionista do município no ano de 1927. O casal teve 11 filhos. No Bairro Rondônia há uma rua com seu nome.

Paróquia Nossa Senhora da Piedade de Hamburgerberg

1900 e Antigamente: importante registro da primeira capela da nossa cidade, que posteriormente se tornou Paróquia, Nossa Senhora da Piedade de Hamburgerberg, (Nossa Senhora da Piedade, Hamburgo Velho, Novo Hamburgo), em registro realizado no ano de 1889, durante festividade da comunidade.

Hamburgo Velho - Novo Hamburgo

1900 e Antigamente: registro fotográfico do Bairro Hamburgo Velho, Novo Hamburgo, no início do século passado. À esquerda a Igreja Evangélica de Confissão Luterana e ao fundo os Morros Dois Irmãos, que deram origem ao nome da cidade de Dois Irmãos, conhecida antigamente como São Miguel dos Dois Irmãos.

Hamburgo Velho - Novo Hamburgo

1900 e Antigamente: fotografia de Hamburgo Velho na década de 1920. Tirada do Morro dos Papagaios, no Bairro Guarani. O descampado no campo superior direito da foto é a área onde anos mais tarde foi construído o Hospital Regina. O enorme prédio à direita é o Colégio Santa Catarina. A torre bem à direita (um pouco apagada na foto, acima) é da Igreja Católica Piedade, a torre bem a esquerda é da Igreja de Confissão Luterana.

Família Braun de São José do Hortêncio


Um importante registro fotográfico para a história da nossa querida cidade de São José do Hortêncio. Uma imagem do início do século passado, do casal Peter Braun e Margarida Rockenbach. Ele nasceu em Boppard em 1855 e emigrou para o Brasil aos 10 anos de idade, se estabelecendo na Antiga Picada do Rio Cadeia ou Picada dos Portugueses (como Hortêncio era conhecida). Braun faleceu em 31 de julho de 1933. Teve com sua esposa Margarida, 11 fihos e 71 netos. Peter e Margarida são bisavós do senador e ex-governador de Santa Catarina, Casildo João Maldaner. Maldaner é filho de Andreas Maldaner e Erica Braun e neto materno de Jacob Braun (6° filho do casal, na ordem de nascimentos) e de Maria Fritzen

História do fotógrafo Hugo Bernd

1900 e Antigamente: em 30 de março de 1891 vinha ao mundo em solo hamburguense, um menino que ao se tornar adulto, deixou seu nome registrado na história da fotografia no Estado do Rio Grande do Sul: Henrique Hugo Bernd. Nascido numa rica família de comerciantes hamburguenses, Bernd se dedicou a fotografia como um hobby, dedicava-se a fotografia artística, onde estudava luzes e sombras, fugindo, das fotografias convencionais. Casou-se aos 33 anos com Ida Maria Kieling Roehe, ...com quem teve três filhas. Trabalhou inicialmente como contador na prefeitura de São Leopoldo e devido a emancipação de Novo Hamburgo, foi exonerado da administração Leopoldense. Nesta época os negócios da família já estavam em bancarrota. Auxiliado pela hábil esposa, transformou seu hobby numa profissão que se tornou tão rentável para ele que transferiu seu "Atelier Fotográfico" para Porto Alegre e anos mais tarde adquiriu o "Atelier Victória" que por anos foi o mais conceituado estúdio fotográfico da capital dos Gaúchos. Suas fotografias eram uma arte e certamente ele foi muito feliz por fazer o que tanto amava. Ainda hoje fotógrafos que vêem as imagens que digitalizei do acervo de Hugo Bernd, se impressionam pela qualidade das montagens que ele realizava, pela qualidade das fotos, do papel utilizado... sou grato aos seus descendentes por terem me oportunizado álbuns e álbuns contendo estas belas imagens feitas por Bernd, que deixou seu nome registrado na história da fotografia do Rio Grande do Sul e que deve sempre ser lembrado.

Família de Pedro Boll Filho - Novo Hamburgo

1900 e Antigamente: um breve histórico e uma fotografia de Pedro Boll Filho e sua família na cidade de Novo Hamburgo. Uma das ruas da nossa cidade leva seu nome, no Bairro onde viveu e faleceu: São Jorge. Pedro Boll Filho era natural da localidade de Linha São João, interior de Dois Irmãos, era filho de Pedro Boll e Catharina Wolf. Seus pais possuíam alambique, produziam cachaça e eram produtores rurais. Pedro Boll mudou-se para Novo Hamburgo pelos idos de 1900, onde comprou uma extensa área de terras no bairro São Jorge. Boll casou em Hamburgo Velho com Maria Seger, filha de um imigrante da Picada São Paulo, interior de Morro Reuter. Pedro Boll possuía uma atafona e também foi agricultor. Foi um dos fundadores do Colégio São Jacó, da Sociedade de Canto Palestrina e da Caixa Rural União Popular, a qual foi presidente durante muitos anos. Boll também engajou-se ativamente na construção da Igreja Nossa Senhora da Piedade no bairro de Hamburgo Velho e na campanha pela emancipação do município. Pedro Boll Filho faleceu 1948 deixando 10 filhos e 30 netos.

Família de professores Jaeger

1900 e Antigamente: Na foto tirada no ano de 1924, está a família de professores Jaeger. Os seis filhos do imigrante alemão Franz Adolph Jaeger (um dos primeiros professores do município de Feliz) e de Catharina Elisabeth Schuck. Em São Leopoldo, da esquerda para direita, estão em pé: João Batista Jaeger (primeiro professor de português de Novo Hamburgo), Jacob Jaeger (professor em Bom Princípio, São Vendelino e Picada São Paulo, Morro Reuter), Henrique (inspetor de escolas e professor de Ivoti) e Jorge Jaeger (desenhista e violinista, professor em São Leopoldo). Sentadas, Maria Jaeger (primeira professora de Bom Princípio) e Madre Clementina Jaeger (primeira professora a entrar formada na Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria).

Fundadores da Paróquia Nossa Senhora da Piedade - Novo Hamburgo

1900 e Antigamente: neste antigo registro fotográfico (por volta do ano de 1885), encontramos um casal que fez história em Novo Hamburgo. Christian Heineck, nascido em 10 de setembro de 1821 em Heimershein, na Alemanha e falecido em 29 de abril de 1899 em Hamburgo Velho e sua esposa Maria Catharina Winhäuser, nascida em 25 de dezembro de 1842 e falecida em 7 de abril de 1887 em Porto Alegre. Este casal, juntamente com outros quatro casais, foram os fundadores da primeira capela católica de Novo Hamburgo, a Capela de Nossa Senhora da Piedade de Hamburgerberg, hoje a Igreja mais antiga (de fundação) em nossa terra, Novo Hamburgo. Christian e Catharina Heineck são ancestrais de centenas de hamburguenses.

Samuel Dietschi - Novo Hamburgo

1900 e Antigamente: conheça a história de Samuel Dietschi, primeiro professor de música de Novo Hamburgo, homenageado em nossa cidade com uma rua e uma escola, que levam seu nome. Samuel Dietschi nasceu a 24 de dezembro de 1875. Era filho do pastor Johann Rudolph Dietschi e de sua esposa Lydia Haury. Seu pai era natural da Suíça e foi pastor em diversas comunidades no sul do Brasil, atuando principalmente no atual município de Taquara. Samuel era o mais velho de 8 irmãos.
Dietschi iniciou seus estudos no Colégio Independência em São Leopoldo, cujo diretor era seu padrinho, o Pastor Dr. Wilhelm Rottermund (conhecido como o pastor das letras). Foi no colégio que Samuel iniciou sua carreira como professor de música. Depois de formado emigrou para Novo Hamburgo, onde casou com Frida Hoffmann no dia 4 de junho de 1898.
Aos 23 anos e recém casado, Dietschi fundou em companhia da esposa, um pensionato para jovens estudantes de música. O pensionato servia também para abrigar muitos alunos que estudavam na Fundação Evangélica ou na escola da Comunidade Evangélica, onde Dietschi também era professor.
Em 1925 fundou o primeiro “bazar musical” de Novo Hamburgo, na parte térrea de sua residência. Dietschi importava instrumentos musicais da Europa, para atender os músicos da região. Samuel se dedicava desde 1893, ao coral da Sociedade de Cantores Frohsin que mais tarde ficou conhecido como coral Júlio Kunz. Samuel foi regente do coral, também foi maestro e organista. Inaugurou o órgão da igreja evangélica de Hamburgo Velho, que foi fabricado por J. Edmundo Bohn. Por mais de 50 anos Dietschi foi professor na Fundação Evangélica, lecionando música, que era sua grande paixão. A 4 de junho de 1948 comemorou suas bodas de ouro, ainda lecionava, mas estava muito doente. Faleceu dois dias depois, a 6 de junho de 1948. Histórico com a contribuição do pesquisador e escritor hamburguense Paulo Henrique Kern.

João Edmundo Bohn

1900 e Antigamente: histórico de João Edmundo Bohn, fundador da Empresa Órgãos e Harmônios Bohn.

João Edmundo Bohn era natural de Piedade, interior de Bom Princípio. Seguindo os passos do pai, seus anos iniciais no trabalho foram como professor na localidade de Santa Luiza, onde seu pai também havia lecionado. Para completar sua formação como professor, teve que trabalhar com os irmãos maristas em Bom Princípio no seminário onde também estudava e morava.

Ainda jovem, Bohn foi para Pareci onde casou com uma moça de São Vendelino e estabeleceu uma fábrica de licor com dois de seus irmãos. Devido às dificuldades com o negócio ele desfez a sociedade e foi para Bom Princípio onde instalou uma loja e fabriqueta, para conserto de relógios e banhos de ouro. Sua esposa o auxiliava na relojoaria e ele aperfeiçoava seus conhecimentos através de leituras.

Naquela época um alemão chegou a Bom Princípio para instalar um harmônio que a igreja católica da localidade havia importado da Alemanha. Bohn auxiliou o alemão na montagem do equipamento e quis aprender mais sobre o assunto, começou então a construir harmônios pequenos com caixas de querosene e pedaços de gaitas antigas. Vendeu o primeiro harmônio para um amigo e com o dinheiro comprou material e seguiu construindo.

Bohn retornou para Pareci com a esposa e com os filhos. Comprou um sobrado, no andar de baixo montou sua oficina e no segundo andar morava com esposa e filhos. Construiu naquele pequeno sobrado, o primeiro órgão no Brasil, que foi vendido para o Pão dos Pobres em Porto Alegre. Ali Bohn tinha seis operários para lhe auxiliar. Um dia a oficina de Bohn pegou fogo e ele perdeu toda sua propriedade.

João Edmundo morou então, três meses com a esposa e filhos na casa de sua mãe na localidade vizinha de Pareci Velho. Nessa época ele comprou um depósito velho e abandonado para dar prosseguimento ao seu trabalho. Novo Hamburgo havia se emancipado recentemente e o intendente da época, Leopoldo Petry, procurava empresários de destaque para transferirem suas empresas para o novo município. Bohn já havia recebido autoridades de São Leopoldo interessadas nele e em seu conhecimento, mas decidiu transferir a residência e a fabriqueta para Novo Hamburgo.

 Inicialmente Bohn recebeu ajuda de Arthur Haas e Balduíno Michels, o primeiro órgão construído em Novo Hamburgo foi para Porto União, no Paraná. Em 1934 Bohn comprou uma fabrica antiga, pois precisava de um espaço maior. A nova sede pegou fogo anos depois e Bohn construiu uma moderna empresa que chegou a ter 100 empregados.

Professor Leopoldo Petry em Lomba Grande

1900 e Antigamente: um importante registro para a história, realizado em outubro de 1905. Na foto o mestre Leopoldo Petry com seus alunos na localidade de Lomba Grande. O professor Leopoldo Petry também foi jornalista, escritor e político. Foi o primeiro prefeito eleito de Novo Hamburgo, cidade onde ele também foi vereador. Foi o primeiro estudioso do Vale do Sinos a se dedicar ao histórico de São Leopoldo e Novo Hamburgo e a história da imigração alemã, faleceu no ano de 1966, deixando um legado social e cultural para Novo Hamburgo e região.

João Batista Jaeger - Novo Hamburgo

 
1900 e Antigamente: Fotografia realizada por volta do ano de 1900, do primeiro professor de português de Novo Hamburgo, João Batista Jaeger (nome de uma escola no Bairro Santo Afonso). João Batista (ou Baptista, conforme alguns registros) lecinou inicialmente na Lomba Grande, onde viveu por vários anos e onde nasceram seus cinco filhos. Jaeger e sua esposa tiveram quatro filhos que chegaram a fase adulta, que casaram e também deixaram descendência: Adolfo, Augusta, Eugênia e Bertha Jaeger. Hermínia faleceu no ano de 1908 e João Batista no ano de 1939.

Pastor Johann Rudolph Dietschi - 1874

1900 e Antigamente: importante fotografia do ano de 1874, do casamento do Pastor Johann Rudolph Dietschi com sua esposa Lydia Haury. Dietschi nasceu na Suíça em 1849. Estudou em Württemberg onde foi ordenado sacerdote em 1873 e emigrou para o Brasil naquele mesmo ano como missionário religioso. Em 1874 passou a morar em Mundo Novo, atualmente município de Taquara. Até o ano de 1900 o casal permaneceu em Taquara, de 1900 a 1918 Dietschi foi pastor em Sapiranga. Em 1919 ele permaneceu temporariamente na serra gaúcha e na localidade de Picada 48, regressando no mesmo ano para Taquara. Dos 8 filhos, dois também se tornaram pastores. Com avançada idade, na década de 1920, Dietschi e sua esposa foram morar em Novo Hamburgo com seu filho Samuel. O pastor suíço, que dedicou sua vida a religião e a atender as famílias na região, passou seus anos finais em Novo Hamburgo onde faleceu 8 de fevereiro de 1930.